A História

Seria ousado da nossa parte tentar fazer por nós mesmos, qualquer historial desta mais que centenária instituição sem o suporte da preciosa ajuda da documentação já reunida e compilada no opúsculo, por alguns intrépidos investigadores, pela altura do seu centenário.

O que é referido no documento é que a FILARMÓNICA DE S. TIAGO DE MARRAZES nasce por escritura pública, com uma validade de cinco anos, em Leiria, no escritório do tabelião, João José Gomes no dia 28 de Setembro de 1880, pela mão de um grupo de homens ilustres e de haveres, bairristas até ao âmago dos ossos; de peso e de influência local, nomeadamente, o Rev. Pe Manuel da Silva, seu primeiro presidente e pároco da freguesia, e um rico proprietário, empreendedor e amante da música, o ilustríssimo Joaquim Soares de Cêa Simões, seu primeiro director e gerente.

O contexto social em que surge a Filarmónica de S. Tiago de Marrazes, segundo a mesma fonte, é caracterizado pela necessidade que o povo tem de ressurgir da grande debilidade provocada pelo selvagismo das invasões francesas, pelas lutas liberais, pela pandemia da febre amarela, etc., gerando na sociedade sentimentos de união e entreajuda.

Tudo isto faz com que a sociedade esteja carente de alegria e de libertação, encontrando também na música, a melhor saída para a satisfação destas necessidades. Daí a “explosão filarmonical”, na época.

Na freguesia e durante os primeiros passos, quase coexistem duas, a Filarmónica de S. Tiago de Marrazes e a “Filarmónica União Gandarense”, mas a que acabou por prevalecer foi a primeira.

Um dos seus primeiros maestros foi José Stoffel Júnior, e provavelmente o autor do hino da sociedade. Sucedeu-lhe José Alexandre Vital (1910), ladeado pelo contramestre, José da Silva Heleno; Hipólito Antunes Gomes; Diogo António Santana; Delfim Luís Pires; Emídio Agostinho Marques; António Guerreiro Gomes; António de Almeida; Diogo Cândido Correia; Manuel Pereira Lopes Vieira;antonio granadeiro maestro, Martins; Rui Fragata; Ricardo Santos; Vítor Santos, José da Costa Maria, que fez um trabalho meritório, levando a banda participar em projectos dignos de nota, nomeadamente o PROJECTO ALLARGANDO, que se podem visualizar no youtube, em parceria com outros maestros. Actualmente, é seu maestro Paulo Alexandre de Jesus Clemente.

Contramestres, para além do já citado: José Caseiro; Augusto Caseiro; Júlio da Costa; Afonso de Oliveira Rodrigues; José Cova da Fonseca; António de Oliveira Perpétua; José Carvalho Júnior; José Lourenço Granadeiro; António Feijoeiro Fernandes; José Carvalho Júnior; António Granadeiro, Fernando Góis, Magda Carvalho, Nelson Ferreira, Emília Correia e Bruno Marques actual contramestre.

Actualmente fazem parte das suas fileiras 49 elementos com idades compreendidas entre os 10 e os 77 anos.

Depois de ter passado, e continua a passar, por algumas vicissitudes, inerentes a qualquer colectividade, a instituição está de pé, a dar cumprimento ao objectivo para que está vocacionada, que é o ensino da música, através da sua escola, frequentada por cerca de cinquenta alunos e cerca de oito professores; e o de levar a música a quem quer que a solicite, através da sua Banda, composta por cerca de quarenta executantes, cheia de esperança e confiança no futuro!